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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

JUIZ DE MARABÁ ORDENA DESPEJO DE FAZENDEIRO



Jovens fizeram festa durante protesto

Antes, porém, permaneceram no prédio até ser recebidos

Sem Terrinha, fizeram história a quando da ocupação

Marco Leite, leu sentença  da desapropriação da fazenda






Pela primeira vez da história da Justiça Federal de Marabá, um juiz, corajosamente, determinou o despejo dos supostos donos da fazenda a Fazendinha, em Curionópolis, no sudeste do Pará.

Trata-se do juiz Ricardo Beckerat da Silva Leitão, que em três decisões seguidas, dias 24 de julho, 18 de agosto e 10 de outubro deste ano, determina que o Incra seja imitido na posse da fazenda. 

Com isso, em tese o juiz entendeu que a propriedade, de pouco mais de 80 alqueires pertence à União, como alega o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que mantêm o acampamento Frei Henri desde 2008. 

Contudo, a decisão do magistrado, não significa dizer que de imediato o Incra deve converter a terra em assentamento, tendo em vista que os supostos donos da fazenda, Darlan Lopes Gonçalves Ferreira e Kênia de Freitas Ferreira Barreto ainda devem recorrer para tentar reverter a decisão do juiz. Até lá, os camponeses, aproximadamente 300 famílias, seguem acampadas na à Fazendinha.  

A decisão do juiz, até a manhã desta segunda-feira (13), ainda não foi publicada oficialmente, em função da falta de sinal de internet na Justiça Federal de Marabá.

Sem terrinha – Em verdade, a sentença deste processo foi anunciada na manhã desta segunda-feira para coordenadores do MST, que lideravam um protesto encampado por crianças, filhos dos colonos acampados.

Os jovens, que se intitulam Sem Terrinha empunharam bandeiras, entoaram cânticos de protestos e diferentemente dos pais, que geralmente acampam nas cercanias da Justiça Federal foram mais ousados, pois ocuparam a sede do prédio.

Dentro, realizaram algumas dinâmicas, montaram uma instalação onde protestaram por melhorias na saúde, educação e, sobretudo na reforma agrária.

Ao final do protesto, por volta de 11 horas da manhã os Sem Terrinha recuaram a serem informados da decisão do juiz e ficaram, de junto com os pais, retornar para a dura realidade do acampamento.

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